terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Expectador



Expectador


Desejei:
Que o tempo, vilão das horas, voltasse
E eu, aqui parado, a espera, esperarei...,
Uma carona, enquanto ele me ultrapasse.

As palavras parassem de nos magoar,
Antes que o ar às contaminassem,
Antes que suas garras viessem pelo ar
Antes das lágrimas, que dos olhos descem

Desejei:
Que o amor doado a todos que merecem,
Pudesse curar a falta do amor, eu sei
Que muitos não sentem ou conhecem.

São órfãos, mendigos, soldados, a quem amas,
E todos aqueles que vagam, cheios de dores e medos,
Buscando um sentimento que os entrelaçam
Na esperança, pouca que escapolem dos dedos.

Desejei:
Não ficar para assistir, aqui, sem voz... Mudo,
Buscando respostas do porque e me calei
Vendo o tempo se passando, triste, com tudo.


Betânia Uchôa



3 comentários:

  1. O tempo não se compadece, ele nunca para...
    Um bom poema!

    Bj

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  2. Belo trabalho minha amiga! Bastante instigante.

    O tempo é cruel, deixa profunda marcas, e não absolve ninguém.

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  3. Por vezes somos expectadores da vida, sem nenhuma possibilidade de tomar atitudes para mudar algo, já em outras situações somos perfeitamente capazes e tudo só depende de nós mesmos fazer algo ao proximo e a nós mesmos. Oi Be, aqui estou me deliciando com teus poemas... beijo querida!

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