
Expectador
Desejei:
Que o tempo, vilão das horas, voltasse
E eu, aqui parado, a espera, esperarei...,
Uma carona, enquanto ele me ultrapasse.
As palavras parassem de nos magoar,
Antes que o ar às contaminassem,
Antes que suas garras viessem pelo ar
Antes das lágrimas, que dos olhos descem
Desejei:
Que o amor doado a todos que merecem,
Pudesse curar a falta do amor, eu sei
Que muitos não sentem ou conhecem.
São órfãos, mendigos, soldados, a quem amas,
E todos aqueles que vagam, cheios de dores e medos,
Buscando um sentimento que os entrelaçam
Na esperança, pouca que escapolem dos dedos.
Desejei:
Não ficar para assistir, aqui, sem voz... Mudo,
Buscando respostas do porque e me calei
Vendo o tempo se passando, triste, com tudo.
Betânia Uchôa

O tempo não se compadece, ele nunca para...
ResponderExcluirUm bom poema!
Bj
Belo trabalho minha amiga! Bastante instigante.
ResponderExcluirO tempo é cruel, deixa profunda marcas, e não absolve ninguém.
Por vezes somos expectadores da vida, sem nenhuma possibilidade de tomar atitudes para mudar algo, já em outras situações somos perfeitamente capazes e tudo só depende de nós mesmos fazer algo ao proximo e a nós mesmos. Oi Be, aqui estou me deliciando com teus poemas... beijo querida!
ResponderExcluir