sábado, 8 de outubro de 2011

Segredos de amor


Segredos de amor

Meu coração guarda um segredo antigo
abandonado, como uma concha do mar
Uma voz, por vezes o toma, um bandido
O tem em clausura, e fica a devanear...


No submundo da minha mente, me desloco
de abismo em abismo, e só de imaginar
Meu pensamento perde todo o foco
bate forte, por medo, de então parar.

Há uma saudade, do cheiro e dos abraços,
Há uma saudade aqui dentro e também fora.
Há uma raiva, e também desejos e embaraços,

Lembranças, boas e ruins, dentro do coração
que eu guardava... Onde o amor, está agora.
são meus segredos, escondidos, minha emoção...

Betânia Uchôa

sábado, 13 de agosto de 2011

Dias de inverno



Dias de inverno

Hoje meu ser está triste e no abandono
Não me encanta nada do que vejo.
Hoje, nada me traz um simples desejo
Pareço um ser carente e sem dono

O amanhã vem e traz dor e esse medo
De que a vida passe sem algo a iluminá-la
Ou uma simples lembrança, para guardá-la
Entre chaves, como um grande segredo

Que eu possa lembrar mesmo envelhecida
E me traga um grande alivio
O alento para minha pobre vida

Quando o dia nascer assim sombrio
Essas lembranças me tragam acolhida
Um cobertor, lembrança do amor no frio.

Betânia Uchôa

domingo, 10 de julho de 2011

Enamorada


Enamorada

Meu amor
Chegou em noite de luar
Estava contando estrelas
conjugando os tempos
do verbo amar

Teu amor
tem o dom da felicidade
deixa minh´alma navegar
nos mares
da imortalidade

Teu sorriso
se abre como presente, uma flor
torna-se um plantação
de lindas margaridas,
Um mundo cheio de cor.

Faz-me sentir enamorada
igual em um conto de fadas,
E basta o céu, para a nossa
eterna morada.

Betânia Uchôa

domingo, 12 de junho de 2011

Teu amor



Teu amor

Teu amor me deixou no abandono
E me tortura a falta de um beijo
Ele aplacaria a fome e o desejo
Que nas horas mortas, tira o sono.

Agora já sabe o meu segredo
Guardado a chaves e me roubaste
Mas o seu amor veio e iluminaste
Toda a fobia, a causa do meu medo;

Agora estou lânguida e adormecida
Minhas emoções eram um pavio
Se acalmaram, leve, uma partida,

Deixou de ser um lugar sombrio
O despertar será para viver a vida
Estarei bem, amor tamanho, até me rio.

Betânia Uchôa


terça-feira, 31 de maio de 2011

El loco


El loco



Yo miré un loco
En total devaneo
Él Buscava ocultar
La belleza, aun
Em su mirada


Rasgava a los versos
Impedindo la lucha de los otros
Asesinava com frialdad
La pureza de La Poesia...


Como se hubiese razón
Em su agonia
Tener la fuerza necesaria
Para desaparecer
La belleza que el via...


Cortando los sentidos.
Cerrando los ojos
Al amor y la añoranza
Cesando com la Fantasia...


Buscando la entrega
De una existência vacia.
Sin dolor, el amor o la Melancolia...


Solo un pequeño ser,
Sin vida, sin alma,
Sin la poesia...


Pero... El era solo un loco,
Que em la miente... Desaparecia


Versão em Castelhano para o poema "O louco"

Betânia Uchôa

sábado, 21 de maio de 2011

Intimação em dupla face



Intimação em dupla face

- Você está intimado a comparecer
Desarmado de seus medos e pecados,
De sua armadura de sombra, das
Lembranças de ontem, que atormentam
Os sentidos, transformando-o de novo
Em um simples de menino.
Que se esconde do amor, da alegria
Ou da simples idéia do que é a vida.
- É possível. Eu conto com garantias.
Com volúpia, desejo e ventania.
Um pouco desse amor, doentio, talvez
Mas que me trás alegrias.
- Garantias não se pode obter, de algo
Que ainda não se viveu, mas te dou o hoje,
Ele já vem pleno com esse esplendor,
Sonho sonhado, ainda que dormindo
É real nas vestes e sincero
Para o que vivo agora.

Betânia Uchôa

domingo, 1 de maio de 2011

Trabalhador


Trabalhador



Eu sou um trabalhador, presente,
Nunca ausente, prestativo de coração
Vejo o trabalho concluído com paixão,
Esse sentimento é igual a muita gente.


Mas não posso parar, vou ativamente,
Sem medo, dor ou cansaço, só emoção,
Faço o meu trabalho certo e sem ilusão
Abro os olhos ante a crise e vou em frente.


Eu caio, levanto, vejo um novo horizonte;
Oro ao pai, junto a tantos, que ele aponte,
Um novo caminho, e agradeço pela graça!


Do pão de cada dia, por este só instante...
Que me enche de alegria, da vida um amante
Que a vida seja assim, por onde se passa.


Betânia Uchôa


sábado, 9 de abril de 2011

Cura


Cura

Ele procurou uma breve cura
Onde o amor vive e está em alta
Alguns se colocam dentro da loucura
Perdidos buscam o que está em falta

Por ver tantos com sede desse amor
Que o zelo dentro dele se ressalta
Como um cântico, leve a entoar
A abundância do amor, acrobata

Seus olhos transbordam com a beleza
Desse sentimento especial e parece
Diluir toda a base da antiga tristeza
Com o amor, que no peito guarnece

Ele age a seu favor e dá auxílio
Para que a alegria se espalhe, ao nascer
Como uma arma em que se aperte o gatilho
Liberando o amor que Deus o fez conceder


Betânia Uchôa


quinta-feira, 17 de março de 2011

Quero solidão


Quero solidão

Deixo aqui o meu amor
para que seja guardado,
para uma outra estória
que ainda não começou.

Deixo o meu sorriso largo,
escapulindo pelos lados,
que busca companhia,
alegrando a manhã fria.

Deixo o meu desejo
Controlado e irrequieto
que busca e te busca
sem encontrar consolação

Deixo a alma vazia,
sem sentido, sem procura
Deixo meu próprio ser
engavetado no tempo,

Enquanto saio de mim.

Eu quero solidão.

Eu busco a solidão.

Betânia Uchôa


sábado, 5 de março de 2011

Minha História

Minha História



Não serei uma mulher de época
De fatos passados, como um personagem de filme
Não ficarei taciturna em um canto escuro
Vendo a vida passar por meu olhos

Não serei uma criatura muda sem alegrias
Envelhecendo aos poucos, igual a móveis velhos,
Esperando o ultimo suspiro chegar
Não serei alguém sem esperanças, a vida me chama.

Não ficarei calada, ante uma injustiça
Não pedirei perdão, por ser contrária
A vida é tão rica, que me prende nela
E com ela, vou seguindo levando sopros e múrmurios

Levo alegria, levo sorrisos pela brisa, pelo vento
Não serei aquela que deixou o poder falar alto
Serei o presente, na forma de idéias
Serei vida, calor e eterno aprendizado

Serei dia, tarde e noite de luar
E da minha janela ocular, olharei as paisagens
e nelas gravarei apenas,
a minha História.



Betânia Uchôa

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Memória afetiva



Memória Afetiva

Nada do que disseres me será esquecido...
Nem a lágrima única que do rosto tenha caido
Límpida e transparente pela face triste
Quando a alma chora o amor que existe...


Clamar por algo tão doído é sondar os sentidos...
Buscando a pureza que em nós sussurram
Dentro de nossos corações que murmuram
Preces de perdão aos sentimentos perdidos!


Minha memória fala de amor...Eu sinto!
É como se fizesse parte de mim
Com todos nossos sentimentos guardados...


Minha memória guarda, nossos corpos, entrelaçados;
Minha alma te chama num lamento sem fim...
Quando me acho no topo de mim, Te sinto!

Betânia Uchôa


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Esperando na noite


Esperando na noite
*
Estarei sempre olhando o céu e a lua cheia,
Me deixando levar por sua beleza antiga
Eu sei que o amor anda pela noite, alheia
Sinto sua presença de uma forma tão precisa!
*
Estarei buscando a noite, eternamente!
Para de algum modo poder te encontrar,
Para seus olhos olhar profundamente
E lhe prometer amor, a sempre te aguardar!
*
Vou colocar meu coração em confinamento,
Farei assim minha maior provação,
Para preservar esse belo sentimento.
*
Aprendi a lhe amar nas noites de luar!
Aprendi que não amo apenas por amar
Mas por querer sempre lhe encantar!
*

Betânia Uchôa


domingo, 6 de fevereiro de 2011

Onde está você




Onde está você

Onde foi parar aquele sentimento
doce e febril, como vinho
como uma chama acesa
presente como um pavio

Onde está você, que chegou
E como uma avalanche
se assentou, vagou
e seus passos o levou,

Onde guardei aquele desejo
de conhecer a fantasia
fazer da vida uma festa
em constante alegria,

Onde está você?
que viveu, abraçou, aconchegou...
chorou e de mim desgrudou
e nada do que sentimos ficou.

Betânia Uchôa 


sábado, 22 de janeiro de 2011

Olhos - globos oculares


Olhos - globos oculares

Olhos negros como a noite,
Faíscas, constelações a brilhar,
Me vejo dentro delas,
Desejo de me entregar,
De apenas sonhar.


Olhar que contempla,
Esse infinito de meu ser
Nessa busca pelo eterno prazer,


Negro, como o céu,
Sem noite de luar,
Intensos como esse desejo,
De mergulhar, apenas mergulhar....


Para que a noite, encontre a
Calmaria depois dos temporais...


Paz, mesmo sabendo,
Que o corpo,
Pelo olhar...
Sempre pede mais.


Betânia Uchôa

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Última cena


Última cena
.
Não eram meus, os braços que te abraçaram
Nem eram para mim, as lágrimas que li
Mas eram meus, os lábios que tremularam
Na hora do adeus que ouvi agora de ti.
.
Não eram para mim a música que tocaram
Uma bela homenagem, na música que ouvi
Amor e carinho que a todos emocionaram
E tudo aconteceu como eu previ.
.
Era um capítulo daquele livro que li. E não eu
Que agora te suplico com amor e encanto,
Lembrando-o de todos os momentos que me deu
.
Pelo final de cada página eu espero.
A última cena seja música, puro canto;
E o fim embale o grande amor que eu espero.
.
Betânia Uchôa

sábado, 1 de janeiro de 2011

Decretos






Decretos


No meu pensamento eu fiz decretos,
De lutar e ser feliz, de forma constante,
E para tanto, guardo planos secretos,
Tudo a por em prática neste instante,


Quero da minha vida uma bela pintura,
Onde o olhar prende e a mente sonde,
Até o mais íntimo de sua armadura,
E que nada desse olhar se esconde,


E nesta viagem cheia de pausas,
Possa encontrar a paz e a serenidade,
Ora curando e defendendo as causas
Do que possa trazer a minha felicidade.


*Betânia Uchôa*