quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Falando com o Criador


Falando com o Criador


Vi o grande clarão iluminando o céu
Sem aviso, de repente! O começo e fim.
E logo veio o som, trovoadas vindas ao léu
Tocadas com trombetas feitas do marfim.

As cores, se transformando em um segundo
Formando a imagem da grande tempestade
Mudando tudo ao redor do vasto mundo,
Para depois morrer, cansada, já sem vontade.

É um confronto da mais pura energia,
Como um exemplo de sua insatisfação
Nos amedronta e nos deixa em sintonia
Com o mestre de toda a criação.

Antes era o verbo, criando com o som...
Hoje nosso contato é com o sentimento,
E basta em nossa fé elevar o tom
Para que seja ouvido o nosso lamento.

Betânia Uchôa

3 comentários:

  1. Betânia, eu gosto muito de você , das suas poesias, da sua criatividade, das suas palavras, dos seus pensamentos e da sua diversidade em escrever variedades - não apenas sobre um assunto só - é isso que faz de você uma Vinicius de Morais com Carlos Drumond e Clarice Lispector – Mil beijos pra você... se puder mais de mil, tenha-os todos
    Claudio Cursini

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  2. O poeta retrata um clarão iluminando o céu, quando de repente ocorre trovoadas e tempestades, na minha consepção como está na Bíblia sagrada os anjos tocam trombetas anunciando que é chegado o fim, emfim está escrito depois da tempestade vem a bonança! acima de tudo está Deus. Deus está presente a todos os atos praticados debeixo do sol!!!

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  3. A poesta em momento algum, se referiu ao fim dos tempos, detalhados na Bíblia. O poeta se referiu a comunicação nos tempos de Abraão com o Criador de todas a coisas.

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